quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Geógrafos lançam atlas do trabalho escravo no Brasil

Idealizado pela organização Amigos da Terra – Amazônia Brasileira e lançado este ano, o Atlas do Trabalho Escravo no Brasil traz dados sobre os casos registrados de trabalho forçado no país e duas novas ferramentas para auxiliar autoridades na formulação de políticas públicas: os índices de probabilidade de trabalho escravo e de vulnerabilidade ao aliciamento.
De acordo com o documento, o típico escravo brasileiro do século 21 é um migrante do Norte ou Nordeste, de sexo masculino, analfabeto funcional, que foi levado para municípios isolados da Amazônia, onde é utilizado em atividades vinculadas ao desmatamento.
O índice de probabilidade de trabalho escravo leva em consideração as especificidades dos municípios nos quais o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) já comprovou a exploração. Foi observado, por exemplo, que a maior parte do problema ocorre em regiões isoladas, distantes dos centros urbanos. A partir daí, as demais cidades do país com características semelhantes são classificadas como tendo probabilidade alta de trabalho escravo. Os principais focos identificados são Mato Grosso, Pará e Maranhão.



Já o índice de vulnerabilidade ao aliciamento tem como base a origem das pessoas escravizadas que já foram libertadas pelo MTE, cerca de 40 mil. São feitos levantamentos sobre as condições econômicas e sociais dos estados de onde vieram esses trabalhadores. Com base nessa análise é possível identificar a relação desse recrutamento com a miséria, já que a maioria é analfabeta funcional vinda do Maranhão e Piauí, os estados mais pobres do Brasil.
A forma de aliciamento mais comum é a promessa de grandes salários para homens de regiões muito pobres. Eles são conduzidos até locais remotos e contraem dívidas relativas ao transporte. Quando chegam, passam a receber quantias ínfimas por mês e sua única opção para se alimentar são os armazéns de seus empregadores.
“Os valores da comida são muito superiores aos de mercado”, relata o geógrafo Eduardo Girardi, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e um dos autores do trabalho. “Os preços absurdos têm a função de fazer o trabalhador se sentir moralmente preso àquele lugar até pagar a dívida, o que é impossível.”
Segundo Girardi, as pessoas também são constantemente humilhadas física e psicologicamente. Tudo isso ocorre sob a vigilância dos jagunços, homens armados que atiram em quem tenta fugir. A esse respeito, o atlas apresenta dados sobre a violência das cidades com maiores probabilidades de ocorrência de escravidão.
De acordo com a pesquisa, as atividades que mais utilizam mão de obra forçada estão ligadas à criação de novas fazendas, como desmatamento para abertura de pastagens, cuidado com esses terrenos e produção de carvão vegetal.
As principais fontes utilizadas na realização do atlas foram dados do MTE e da Comissão Pastoral da Terra, ONG que faz levantamentos e campanhas sobre o tema desde 1975. Os autores – além de Girardi, Hervé Théry, Neli Aparecida de Mello e Julio Hato, da Universidade de São Paulo – também usaram informações do Atlas da Questão Agrária, elaborado por Girardi em seu doutorado (2008).
Fonte: Ciência Hoje On-line


fonte: http://mundogeo.com/blog/2012/08/22/geografos-lancam-atlas-do-trabalho-escravo-no-brasil/
Em 22/08/12


terça-feira, 7 de agosto de 2012

Os comprovantes de matricula


Prezados alunos!


No período de 06 a 08 de agosto, os discentes que não conseguiram realizar a matricula web, deverão comparecer a seu polo de origem para solicitação de matricula presencial, os comprovantes de matricula estarão disponiveis a partir do dia 08 de agosto.

Durante este período o  800 071 5000  estará disponivel das 08:00 as 17:00h para o esclarecimento de dúvidas.

Coordenação Geral EAD UNEB

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Ciência sem Fronteiras abre novas chamadas graduação sanduíche em sete países

Ciência sem Fronteiras abre novas chamadas graduação sanduíche em sete países
 
O Programa Ciência sem Fronteiras disponibiliza a partir de hoje (31/07) as novas chamadas para Graduação Sanduíche na Austrália, Alemanha, Canadá, Coréia do Sul, Estados Unidos, Holanda e Reino Unido. As inscrições vão de 06 de agosto a 14 de setembro.

 Uma novidade das novas chamadas é que foram incluídos nas áreas e temas contemplados os itens de: Indústria Criativa, voltados a projetos e processos para desenvolvimento tecnológico e inovação (arquitetura, design, software, jogos de computadores, cinema, vídeo, fotografia, música, artes, televisão, conteúdos digitais, editoração e publicação eletrônica); Novas Tecnologias de Engenharia Construtiva; e Formação de Tecnólogos, em todas as áreas e temas já contemplados pelo Programa.
Entre outros requisitos o candidato deve estar matriculado em curso de nível superior nas áreas e temas do programa; ter nacionalidade brasileira; ter cursado no mínimo 20% e no máximo 90% do currículo previsto para seu curso e apresentar o teste de proficiência na língua do país de destino.
Para mais informações e/ou dúvidas sobre os procedimentos de inscrições e cronograma consulte chamadas para cada país e a Cartilha com Informações de Apoio ao Estudante no Exterior.

http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf/views/-/journal_content/56_INSTANCE_VF2v/214072/1002958